Por Andrew Chung e Lawrence Hurley
WASHINGTON (Reuters) - A corrida de senadores republicanos dos Estados Unidos para confirmar Amy Coney Barrett em uma vaga vitalícia na Suprema Corte dos EUA, a terceira indicada do presidente Donald Trump, começou a todo vapor nesta terça-feira, quando a juíza conservadora se encontrou com os senadores no Capitólio, começando com o líder da maioria, Mitch McConnell.
Barrett, que Trump anunciou no sábado como sua indicada para o lugar da falecida juíza progressista Ruth Bader Ginsburg, iniciou um dia repleto de reuniões informais em uma sala de conferências do Senado.
Diante da oposição dos democratas à indicação, o vice-presidente dos EUA, Mike Pence, que prestigiou a visita de Barrett, disse que a juíza deveria receber uma "audiência respeitosa" do Comitê Judiciário do Senado, seguida por uma confirmação rápida no plenário da Casa.
"Nós realmente acreditamos que a juíza Barrett representa o melhor da América, pessoalmente, em termos de seu grande intelecto e sua grande formação", disse Pence aos repórteres.
Os republicanos têm uma maioria de 53 a 47 no Senado, e a confirmação parece certa, mas os democratas podem tentar tornar o processo o mais turbulento possível diante da iminência da eleição presidencial de 3 de novembro. Se Barrett for confirmada, como se espera, a maioria conservadora do tribunal aumentará para 6 a 3.
Nem Pence nem McConnell respondeu perguntas sobre o cronograma da votação no Senado nem se Barrett deveria se omitir de possíveis casos relacionados à eleição que poderiam chegar à corte no futuro.
No Sétimo Circuito, Barrett mostrou ser uma conservadora confiável. Grupos de defesa do aborto disseram que sua entrada no tribunal poderia ameaçar o veredicto histórico de 1973 que tornou a prática legal em toda o território dos EUA.
(Por Andrew Chung em Nova York e Lawrence Hurley, Richard Cowan, Daphne Psaledakis, Susan Cornwell e David Morgan em Washington)