Por Valerie Volcovici e Grant Smith
WASHINGTON/NOVA YORK (Reuters) - A decisão do republicano Donald Trump de escolher o governador de Indiana, Mike Pence, para ser seu vice na corrida presidencial animou a indústria de energia dos Estados Unidos e assustou defensores do meio ambiente, com ambos os lados citando o apoio de Pence à exploração de carvão e sua postura desafiadora à agenda ambiental do presidente Barack Obama.
Trump, provável candidato republicano, já disse que mudança climática é um boato e prometeu reduzir regulações ambientais dos EUA para ajudar os setores de petróleo e carvão, em dificuldades econômicas. A dupla Trump-Pence irá acabar com qualquer expectativa de que o empresário nova-iorquino pudesse aliviar sua posição antes da eleição geral, em 8 de novembro.
"O governador Pence foi um crítico ao Plano de Energia Limpa do governo", disse Laura Sheehan, porta-voz do grupo Conselho Americano de Eletricidade Limpa de Carvão. "Achamos que vamos ver uma continuação".
Trump anunciou Pence como seu companheiro de corrida em publicação no Twitter na manhã desta sexta-feira, terminando dias de especulação sobre a escolha, antes da convenção nacional do partido, na semana que vem, em Cleveland.
Pence, de 57 anos, é citado em um site de Obama que lista pessoas que negam as mudanças climáticas por argumentar que a ciência por trás da mudança climática ainda não foi comprovada.
Em junho de 2015, Pence escreveu a Obama dizendo que Indiana, o oitavo maior Estado produtor de carvão do país, não iria acatar o plano de regulamentação de emissões de poluentes, dizendo que era "imprudente". Indiana é um dos mais de 25 Estados que desafiaram a peça central da agenda ambiental do presidente democrata.