Por Rodrigo Campos
NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - Um especialista de direitos da Organização das Nações Unidas expressou preocupação nesta quarta-feira de que ações do governo Trump seriam prejudiciais para uma imprensa livre nos Estados Unidos.
“Há um impacto prejudicial a longo prazo sobre o respeito... por valores da Primeira Emenda, que também são direitos humanos”, disse David Kaye, relator especial da ONU sobre liberdade de opinião e expressão.
A Primeira Emenda da Constituição dos EUA garante liberdade de discurso e da imprensa.
O presidente dos EUA, Donald Trump, chamou a imprensa de inimiga do povo norte-americano. Ele usa o termo “fake news” (notícias falsas) para lançar dúvidas sobre relatos midiáticos críticos ao seu governo, frequentemente sem fornecer evidências para apoiar seu caso.
Falando a jornalistas nas Nações Unidas, Kaye acusou o governo de limitar acesso a informações sobre o meio ambiente e mudanças climáticas. Trump chamou o aquecimento global de farsa.
Kaye pediu maior acesso da mídia ao secretário de Estado, Rex Tillerson, e expressou preocupação em relação à pressão sobre jornalistas que disse ter surgido da “agenda muito clara” do secretário de Justiça, Jeff Sessions.
A Casa Branca não respondeu imediatamente a uma pedido de comentário, assim como os departamentos da Justiça e de Estado.
Sessions disse em agosto que o governo Trump estava considerando exigir que jornalistas revelassem suas fontes em meio à tentativa de Trump de impedir vazamentos para a imprensa.