BAGDÁ (Reuters) - Pelo menos 58 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas nesta segunda-feira em duas explosões no Iraque reivindicadas pelo Estado Islâmico, em uma província antes considerada em sua maioria livre do grupo radical.
Em janeiro, autoridades iraquianas declararam vitória sobre os insurgentes na província de Diyala, que faz fronteira com o Irã, depois que as forças de segurança e paramilitares xiitas os expulsaram de cidades e aldeias do local. Mas os militantes permanecem ativos.
Uma explosão em um mercado em Huwaidar, cerca de 4 quilômetros ao norte da capital provincial de Baquba, matou 51 pessoas e feriu pelo menos 80, segundo a polícia e fontes médicas.
"O agressor conseguiu passar por um posto de controle ao se camuflar em uma carreata de casamento e depois se separou e explodiu o veículo cheio de explosivos em um mercado lotado", disse o capitão da polícia de Diyala, Mohammed al-Tamimi.
O Estado Islâmico, que controla grande parte do norte e oeste do Iraque, reivindicou a responsabilidade pelo ataque na província mista de sunitas e xiitas, e disse que o alvo eram os "infiéis", como o grupo se refere aos xiitas.
Uma explosão separada a leste de Baquba matou mais sete pessoas e feriu 25.
Os ataques ocorreram menos de um mês depois de um atentado reivindicado pelo Estado Islâmico na cidade vizinha de Khan Bani Saad, que matou mais de 100 pessoas e provocou tumultos.
(Reportagem de Saif Ahmed Hameed e Rasheed em Bagdá e Omar Fahmy no Cairo)