CAIRO (Reuters) - O Estado Islâmico confirmou nesta quinta-feira que seu líder Abu Bakr al-Baghdadi foi morto, disse a agência de notícias do grupo Amaq em uma gravação de áudio, após um ataque dos Estados Unidos no fim de semana.
Baghdadi, um jihadista iraquiano que saiu da obscuridade para se declarar "califa" de todos os muçulmanos como líder do Estado Islâmico, foi morto por forças especiais dos EUA no noroeste da Síria, disse o presidente norte-americano, Donald Trump, no domingo.
O grupo ficou em silêncio até agora. Como sucessor, nomeou alguém que a Amaq apenas identificou como Abu Ibrahim al-Hashemi al-Quraishi.
Aymenn al-Tamimi, pesquisador da Universidade de Swansea focado no Estado Islâmico, disse que o nome era desconhecido, mas pode ser uma figura importante chamada Hajj Abdullah, que o Departamento de Estado dos EUA identificou como um possível sucessor de Baghdadi.
"Pode ser alguém que conhecemos, que talvez tenha acabado de assumir esse novo nome", disse Tamimi.
O grupo, que controlou áreas do Iraque e da Síria entre 2014 e 2017 e realizava atrocidades que horrorizavam a maioria dos muçulmanos, também confirmou a morte de seu porta-voz Abu al-Hassan al-Muhajir.
Baghdadi foi morto em Idlib, no noroeste da Síria.
As forças especiais dos EUA realizaram a operação na qual Baghdadi se matou e matou três de seus filhos detonando um colete suicida quando ele foi encurralado em um túnel, segundo autoridades dos EUA.
(Por Hesham Abdulkhalek, Yousef Saba e Ulf Laessing)