BEIRUTE/ANCARA (Reuters) - Militantes do Estado Islâmico invadiram vilas sírias nos arredores de Aleppo e assumiram o controle das mãos de insurgentes rivais, disse um grupo de monitoramento da guerra nesta sexta-feira, apesar dos ataques aéreos russos que Moscou afirmou terem o grupo islamista como alvo.
A Guarda Revolucionária do Irã informou separadamente que um de seus comandantes graduados havia sido morto nesta semana perto de Aleppo, principal cidade no norte da Síria. O Irã, aliado do governo sírio, afirma conduzir missões de assessoramento no país, mas que não possui forças militares no território.
O Estado Islâmico encontra-se agora a cerca de 2 km do território controlado pelo governo na extremidade norte de Aleppo, o mais próximo que já estiveram da cidade.
O Estado Islâmico disse que seus combatentes haviam capturado cinco vilas em sua ofensiva, matando "mais de 10 apóstatas", termo usado pelo grupo para se referir a seus oponentes, incluindo soldados sírios e aliados milicianos, assim como alguns grupos rebeldes que guerreiam paralelamente ao EI.
O poderoso grupo insurgente Ahrar al-Sham conseguiu recapturar uma das vilas, Tel Suseen, ainda no mesmo dia, disseram o Observatório e um veículo de mídia associado aos rebeldes, mas as outras ainda pareciam permanecer sob controle do Estado Islâmico.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos, sediado na Grã-Bretanha, afirmou que esse foi o maior avanço do Estado Islâmico desde que lançou uma ofensiva contra os rebeldes na região rural a norte de Aleppo, perto da fronteira com a Turquia, no fim de agosto.
(Por Dominic Evans e Parisa Hafezi)