📈 Pronto para levar os investimentos a sério em 2025? Dê o primeiro passo com 50% de desconto no InvestingPro.Garanta a oferta

ESTREIA–Eficiente, “A Autópsia” instaura clima de suspense num necrotério

Publicado 03.05.2017, 16:54
Atualizado 03.05.2017, 17:00
© Reuters. Michael McElhatton, que está no filme "A Autópsia"

SÃO PAULO (Reuters) - Um necrotério é, ao menos no cinema, por natureza, um ambiente propício a cenário de filmes de terror. É pouco provável, porém, que na vida real sejam mal iluminados, meio sujos e com geladeiras mortuárias com portas que não fecham direito, mesas que rangem ou qualquer outro elemento propício a causar sustos e assombros. O diretor norueguês André Øvredal vale-se de vários desses clichês em seu “A Autópsia”.

Ainda assim (ou talvez por isso mesmo), constrói um suspense eficiente e claustrofóbico, protagonizado por um pai e filho responsáveis por investigar a causa da morte de uma jovem não-identificada.

O filme se passa numa pequena cidade do interior da Virgínia, o que parece abrir as portas para o gótico americano dar o tom. A trama acontece em poucas horas de uma noite de tempestade forte, quando o xerife local (Michael McElhatton) chega ao necrotério comandado pelo médico Tommy (Brian Cox) e seu filho Austin (Emile Hirsch) com o cadáver de uma garota (Olwen Kelly, que passa o filme completamente imóvel e aterrorizante apenas com o olhar), encontrado meio enterrado num subúrbio onde ocorreu um massacre.

Tommy e Austin já tinham encerrado o expediente, mas o policial insiste, pois, no dia seguinte, a imprensa cobrará respostas. A dupla não tem outra opção senão realizar a autópsia. Esta começa de forma técnica, com procedimentos seguindo o protocolo, com fotos sendo tiradas do corpo e partes dele observadas, antes que comece a ser cortado.

Quando finalmente a investigação começa, Tommy nota algumas coisas estranhas, como a ausência de qualquer ferimento na pele. Nem rigor mortis o corpo apresenta e as íris mostram-se estranhamente claras.

Escrito por Ian Goldberg e Richard Naing, “A Autópsia” começa como um suspense eficiente sobre os horrores que essa moça sofreu – e como lhe foram inflingidos – até a sua morte. A cada novo corte, uma nova descoberta em suas entranhas. Cada uma mais absurda e improvável do que a outra, o que só aumenta a curiosidade para a resolução.

© Reuters. Michael McElhatton, que está no filme "A Autópsia"

“A Autópsia” é o tipo de filme sobre o qual não se deve falar muito porque isso tiraria o prazer da descoberta incrédula junto com a dupla que realiza o procedimento. A resolução está ligada a uma dívida histórica e opressão feminina, e é, talvez, um tanto frustrante na maneira em que se apresenta, mas completamente coerente dentro da narrativa. De qualquer forma, com seu peculiar bom humor, o escritor Stephen King elogiou o filme no Twitter, chamando-o de “visceral”. Melhor trocadilho não existe para o definir.

(Por Alysson Oliveira, do Cineweb)

* As opiniões expressas são responsabilidade do Cineweb

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.