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ESTREIA–“Invocação do Mal 2” carrega tensão, mas é repetitivo

Publicado 08.06.2016, 16:57
ESTREIA–“Invocação do Mal 2” carrega tensão, mas é repetitivo

SÃO PAULO (Reuters) - Considerado um dos casos mais icônicos de atividade paranormal na Inglaterra, os eventos ocorridos na casa da família Hodgson, em Enfield, no final da década de 1970, é um típico exemplo de cisão entre fato e farsa. Oficialmente considerado embuste, as investigações das quais participaram o casal Ed e Lorraine Warren chegaram à conclusão de que, sim, era um legítimo caso de possessão demoníaca.

Esse olhar dúbio é a fonte da narrativa de “Invocação do Mal 2”, mais um capítulo da franquia criada pelo produtor, roteirista e diretor James Wan, responsável também pelo primeiro (e melhor) “Jogos Mortais” e “Sobrenatural” (1 e 2). E é preciso reconhecer que ele teve uma ideia genial para os fãs de terror: basear uma série de filmes no trabalho que Ed (morto em 2006) e Lorraine realizaram por quase cinco décadas como demonólogo e médium, respectivamente, descobrindo fraudes e levando a público os mais assombrosos casos sobrenaturais.

Eles fundaram um centro de pesquisa, escreveram uma série de livros professando suas crenças e ainda instalaram um museu de artefatos amaldiçoados no quintal de sua casa, em Monroe, Connecticut. Museu onde se encontra a tal boneca Annabelle, apresentada no primeiro filme desta série e que ganhou um spin-off em 2014 (e uma sequência em produção).

Como no filme anterior, “Invocação do Mal 2” tem um prólogo em que se narra um dos eventos investigados pelo casal e que os apresenta ao espectador. Aqui, o mundialmente conhecido (graças a uma série de produções cinematográficas) caso de Amityville (EUA), no qual um jovem matou a família e depois alegou que uma entidade maligna o compeliu a fazê-lo. Quando uma família de azarados foi viver no local, tempos depois, fugiram de lá mais do que depressa, alegando que fatos paranormais dominavam o ambiente.

Introduções feitas, a narrativa corre para o início dos problemas de Peggy Hodgson (Frances O'Connor) e seus filhos. Recém-divorciada e com problemas financeiros, vê sua situação se agravar quando uma de suas filhas, Janet (Madison Wolfe), de 11 anos, começa a sofrer todos os tipos de transtornos graças a um espírito que diz que a casa em que moram, na verdade, é dele. Quando os móveis passam a mover-se pela casa e os demais filhos também enfrentam problemas, é hora de chamar ajuda.

O primeiro socorro é a polícia, que corre de lá logo na primeira ocorrência. E quanto mais a história de espalha, o frenesi midiático toma conta do local. É neste momento que o Vaticano manda chamar Ed e Lorraine (Patrick Wilson e Vera Farmiga), que prefere ficar afastada de novos casos graças a uma premonição da morte do marido. Mesmo assim, desembarcam na Inglaterra para ajudar os Hodgson, ao lado de um grupo local de estudos psíquicos, liderado por Maurice Grosse (Simon McBurney).

Se de um lado colore a história com alguns excessos românticos entre o casal de investigadores, por outro, Wan tenta ser fiel à história, trazendo uma dubiedade ao que ocorre. Existe realmente uma presença demoníaca na casa, ou tudo não passa de uma grande farsa? A escolha torna a narrativa morosa nos minutos centrais da trama, pois enquanto o espectador vê a menina levitar e aparecer em quartos diferentes da casa, ninguém consegue provar nada, tornando os eventos repetitivos.

Mas o diretor sabe como construir situações de terror, que injetam excepcional tensão ao que se vê na tela. Há sustos, e muitos, e também cenas com muita qualidade de suspense psicológico. A expertise tira o filme do marasmo mas, como na produção anterior, Wan peca ao não entregar um desfecho sem explicar demais, pouco sutil, inviabilizando o elementar mistério de que o gênero necessita para realmente assustar.

(Por Rodrigo Zavala, do Cineweb)

* As opiniões expressas são responsabilidade do Cineweb

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