NAIRÓBI (Reuters) - O governo da Etiópia acusou forças rebeldes de Tigré, nesta segunda-feira, de matarem 100 jovens na cidade de Kombolcha, e os Estados Unidos expressaram preocupação com os avanços dos combatentes um ano após o início dos conflitos.
As forças, lideradas pele Frente de Libertação do Povo Tigré (TPLF), negaram a acusação. O porta-voz Getachew Reda disse à Reuters por telefone via satélite de um local não revelado: "Não temos que matar os jovens. Não houve resistência em Kombolcha".
O porta-voz do governo, Legesse Tulu, não respondeu quando instado a comentar por telefone e mensagem o comunicado de Getachew, mas mais cedo havia citado o comunicado do governo sobre a suposta matança em Kombolcha.
As forças de Tigré combatem o governo há um ano, uma guerra cada vez mais ampla que desestabiliza a segunda nação mais populosa da África.
A Reuters não conseguiu verificar relatos dos combates nos arredores da cidade em uma grande rodovia a cerca de 380 quilômetros da capital Adis Abeba. As comunicações com a área estão suspensas e jornalistas são barrados.
No domingo, Getachew disse que os combatentes da TPLF rumaram ao sul para tomar Kombolcha e seu aeroporto. Em caso de confirmação, a ofensiva marcará o mais próximo que o grupo já chegou da capital desde que partiu em direção a Amhara, região vizinha de Tigré, em julho.
O conflito já matou milhares de civis e forçou mais de 2,5 milhões de pessoas a fugirem de casa.
(Reportagem Redação Nairóbi; reportagem adicional da redação de Adis Abeba)