HAMBURGO (Reuters) - Estados Unidos, Rússia e Jordânia chegaram nesta sexta-feira a um acordo de cessar-fogo no sudoeste da Síria, uma das zonas de combate da guerra civil de seis anos no país.
O cessar-fogo entrará em vigor no domingo, disse o ministro russo da Relações Exteriores, Sergei Lavrov, e a agência de notícias jordaniana Petra.
O acordo foi anunciado depois de uma reunião entre os presidentes dos EUA, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin, durante a cúpula do G20, em Hamburgo, na Alemanha.
O secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, disse que a área abrangida pelo cessar-fogo afeta a segurança da Jordânia e é uma "parte muito complicada do campo de batalha sírio".
A Rússia e o Irã são os principais patrocinadores internacionais do presidente sírio, Bashar al-Assad, enquanto Washington apoia alguns dos grupos rebeldes que lutam para derrubá-lo.
"Acho que esta é a nossa primeira indicação de que os EUA e a Rússia podem trabalhar juntos na Síria e, como resultado, tivemos uma discussão muito longa sobre outras áreas na Síria", disse Tillerson.
O conflito sírio matou quase meio milhão de pessoas, de acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, com sede no Reino Unido, destruiu cidades e forçou milhões de pessoas a deixarem o país.
Com o apoio do poder aéreo russo, Assad recuperou terreno nos últimos meses que havia perdido para os rebeldes muçulmanos principalmente sunitas anteriormente na guerra.
O acordo da Síria parece ser o principal ponto de concordância no primeiro encontro entre Trump e Putin, que também discutiu a alegada interferência de Moscou nas eleições presidenciais dos EUA em 2016 e as ambições nucleares da Coreia do Norte.