Por Michelle Nichols e David Brunnstrom
SEDE DA ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - Os Estados Unidos acusaram a Rússia e a China nesta sexta-feira de fornecer "proteção geral" à Coreia do Norte de futuras ações do Conselho de Segurança da ONU, e disseram que a dupla "fez de tudo" para justificar os lançamentos de mísseis balísticos de Pyongyang.
Estados Unidos, Reino Unido, França, Albânia, Irlanda e Noruega solicitaram uma reunião do Conselho de Segurança na sexta-feira depois que a Coreia do Norte, formalmente conhecida como RPDC, disparou vários mísseis, incluindo um possível míssil balístico intercontinental que falhou.
"Você não pode abandonar as responsabilidades do Conselho de Segurança porque a RPDC pode te vender armas para alimentar sua guerra de agressão na Ucrânia, ou porque você acha que eles são um bom amortecedor regional para os Estados Unidos", disse a embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, ao conselho, referindo-se à Rússia e à China.
É improvável que Rússia e China concordem com qualquer ação do conselho sobre os últimos lançamentos de mísseis da Coreia do Norte, disseram diplomatas.
Representantes da China e da Rússia acusaram os Estados Unidos de inflamar as tensões com exercícios militares conjuntos de larga escala com a Coreia do Sul.
O embaixador da China na ONU, Zhang Jun, disse que, em vez de aumentar as tensões, os Estados Unidos deveriam criar condições para a retomada de um diálogo significativo com a Coreia do Norte.
"O conselho deve desempenhar um papel construtivo em vez de sempre enfatizar a pressão", acrescentou Zhang. "Nas atuais circunstâncias, o conselho deve, em particular, se esforçar para mitigar o confronto, aliviar as tensões e promover o acordo político.