Por Michael Martina
PEQUIM (Reuters) - Um cidadão norte-americano que trabalha no consulado dos Estados Unidos em Guangzhou, cidade do sul da China, relatou ter percebido sons e pressões "anormais" que provocaram uma lesão cerebral leve, disse a embaixada dos EUA nesta quarta-feira.
A embaixada, que emitiu um alerta de saúde aos norte-americanos que moram na China, disse que não conseguiu estabelecer uma conexão com problemas de saúde sofridos por funcionários do governo dos EUA em Cuba no fim de 2016.
Mas, posteriormente nesta quarta-feira, o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, disse a parlamentares que o "ataque sônico" na China é "medicamente semelhante" aos incidentes em Cuba.
O cidadão norte-americano não identificado que trabalha no consulado de Guangzhou relatou uma série de "sintomas físicos" manifestados entre o final de 2017 e abril deste ano, informou a embaixada dos EUA em Pequim em um email.
Ele foi enviado aos EUA para novas avaliações. "Os resultados clínicos desta avaliação correspondem a uma lesão cerebral traumática moderada", disse a representação.
O Departamento de Estado está levando o incidente muito a sério e trabalhando para determinar a causa e o impacto, segundo a embaixada. Pompeo disse que equipes médicas estão indo a Guangzhou para investigar o ocorrido.
O Departamento de Estado acrescentou que o governo chinês disse à embaixada que também está investigando e adotando medidas apropriadas.
O Ministério das Relações Exteriores da China não respondeu de imediato a um pedido de comentário.
O governo dos EUA emitiu um alerta de saúde aos norte-americanos residentes na China nesta quarta-feira, avisando-os sobre o incidente que descreveu como "sensações de som e pressão sutis e vagas, mas anormais".
(Reportagem adicional de Lesley Wroughton e Patricia Zengerle em Washington)