Por Daphne Psaledakis e Karen Freifeld e Andrea Shalal
WASHINGTON (Reuters) - Os Estados Unidos alertaram nesta sexta-feira que podem impor sanções a pessoas, países e empresas que fornecem munição à Rússia ou apoiam seu complexo militar-industrial, conforme Washington busca aumentar a pressão sobre Moscou devido à guerra na Ucrânia.
O vice-secretário do Tesouro Wally Adeyemo, em uma reunião inédita com autoridades de 32 países e dos Estados Unidos para discutir sanções à Rússia, deixou claro que Washington está preparada para tomar medidas contra aqueles que estão fora dos EUA evitando as sanções norte-americanas.
Autoridades na reunião, que incluiu representantes de países da União Europeia, Canadá e Coreia do Sul, discutiram medidas adicionais planejadas para atingir o complexo militar-industrial da Rússia e os efeitos de várias sanções impostas por Washington e seus parceiros sobre a invasão da Ucrânia por Moscou.
O Departamento do Tesouro também alertou que Washington está disposta a impor sanções àqueles que fornecem munição ou outros bens militares à Rússia, bem como empresas militares privadas ou grupos paramilitares que participam ou apoiam a guerra da Rússia na Ucrânia.
Além disso, os departamentos do Tesouro, Comércio e Estado emitiram um alerta descrevendo as ações que foram tomadas contra o complexo militar-industrial da Rússia e observando os riscos que enfrentam aqueles que fornecem apoio material à invasão da Ucrânia pela Rússia.
De acordo com o alerta, ao restringir o acesso da Rússia a bens, tecnologia e serviços avançados, Washington e seus parceiros afetaram a capacidade da Rússia de substituir armas, incluindo mais de 6.000 equipamentos militares destruídos na guerra.
(Reportagem de Daphne Psaledakis, Karen Freifeld, Andrea Shalal e Susan Heavey)