Por Patricia Zengerle
WASHINGTON (Reuters) - O Tesouro dos Estados Unidos anunciou nesta quinta-feira sanções contra 17 sauditas por seu papel no assassinato de Jamal Khashoggi no consulado do país em Istambul, na primeira resposta concreta do governo de Donald Trump à morte do jornalista no mês passado.
Os alvos da sanção incluem Saud al-Qahtani, ex-assessor de alto escalão do príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, bem como o cônsul-geral saudita Mohammed Alotaibi.
As sanções serão implementadas sob o Ato Global de Responsabilidade dos Direitos Humanos Magnitsky, que tem como alvo autores de graves abusos de direitos humanos e corrupção. O anúncio foi incomum para Washington, que raramente impõe sanções sobre Riad.
"Esses indivíduos que miraram e brutalmente assassinaram um jornalista que residia e trabalhava nos Estados Unidos devem enfrentar as consequências de suas ações", afirmou o secretário do Tesouro, Steve Mnuchin, em comunicado.
Ele acrescentou que Washington continuava tentando determinar o que aconteceu e responsabilizaria todos os encarregados da morte de Khashoggi.
"O governo da Arábia Saudita deve tomar medidas apropriadas para acabar com a perseguição a dissidentes políticos ou jornalistas", disse Mnuchin.
(Reportagem adicional de Matt Spetalnick)