Por Michael Martina
WASHINGTON (Reuters) - Os Estados Unidos estão buscando uma prorrogação de seis meses de um acordo de ciência e tecnologia que já dura décadas com a China, para que assim possa negociar com Pequim para “fortalecer” o pacto, disse o Departamento de Estado norte-americano nesta quarta-feira.
O acordo histórico, assinado quando Pequim e Washington estabeleceram relações diplomáticas em 1979 e renovado a cada cinco anos desde então, mostrou que os rivais geopolíticos poderiam colaborar em uma série de campos científicos e técnicos.
Mas as preocupações sobre o crescente poderio militar da China e o potencial roubo das conquistas científicas e comerciais dos EUA suscitaram questões sobre se o Acordo de Ciência e Tecnologia (STA), que expira em 27 de Agosto, deve continuar.
"Esta prorrogação de curto prazo, de seis meses, manterá o acordo em vigor enquanto buscamos autoridade para empreender negociações para alterar e fortalecer os termos do STA. Ela não compromete os Estados Unidos com uma prorrogação de longo prazo", afirmou o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA à Reuters.
O departamento disse que o acordo fornece padrões consistentes para a cooperação científica governamental e, se expirar, cada agência terá de negociar acordos individuais com Pequim.
"Estamos atentos aos desafios colocados pelas estratégias nacionais (da China) em ciência e tecnologia, às ações de Pequim neste espaço e à ameaça que representam para a segurança nacional e a propriedade intelectual dos EUA, e estamos empenhados em proteger os interesses do povo americano", disse o porta-voz.
A embaixada da China em Washington não respondeu imediatamente a um pedido de comentário, mas as autoridades chinesas manifestaram o desejo de prolongar o acordo.
(Reportagem de Michael Martina em Washington)