Por Yeganeh Torbati
WASHINGTON (Reuters) - O Departamento de Estado dos Estados Unidos colocou na terça-feira a China em sua lista global dos piores infratores no tráfico de seres humanos e no trabalho forçado, um passo que poderia agravar as tensões com Pequim que diminuíram sob o presidente Donald Trump.
Trump, contudo, tem ficado cada vez mais frustrado com a falta de ação da China em relação à Coreia do Norte e a questões comerciais bilaterais e agora está considerando possíveis ações comerciais contra Pequim, disseram três altos funcionários do governo à Reuters.
Mianmar foi elevado para a lista de países em observação de Nível 2 que merecem um escrutínio especial, ante o Nível 3, de países que não cumprem os padrões mínimos dos EUA e não fazem nenhum esforço significativo para fazê-lo.
O Nível 1 designa nações que cumprem os padrões mínimos dos EUA.
O relatório disse que a China condenou menos traficantes de pessoas para sexo ou trabalho nos 12 meses encerrados em 31 de março do que no período anterior, repatriou à força norte-coreanos sem verificar indicativos de tráfico e tratou a maioria dos casos de trabalho forçado como questões administrativas e não processos criminais.
"A China foi rebaixada para o status de Nível 3 no relatório deste ano, em parte porque não tomou medidas sérias para acabar com a sua própria cumplicidade no tráfico, incluindo trabalhadores forçados da Coreia do Norte que estão na China", disse o secretário de Estado, Rex Tillerson, ao apresentar o relatório.
Uma classificação de nível 3 pode desencadear sanções que limitam o acesso à ajuda internacional dos EUA, mas tradicionalmente os presidentes dos EUA não adotam tal ação.