Por David Shepardson
WASHINGTON (Reuters) - A Casa Branca criticou duramente a China neste sábado por forçar companhias aéreas estrangeiras a mudarem a forma como se referem a Taiwan, Hong Kong e Macau, o mais recente esforço do país asiático para policiar a linguagem usada para descrever territórios que considera politicamente sensíveis.
Os EUA rotularam o comportamento chinês como um "absurdo orwelliano".
Em meio a uma disputa comercial crescente entre os EUA e a China, a Casa Branca disse em comunicado que a Administração Chinesa de Aviação Civil enviou uma carta a 36 empresas aéreas estrangeiras, incluindo várias norte-americanas, exigindo mudanças.
As companhias aéreas foram instruídas a remover referências em seus sites ou em outros materiais que sugerissem que Taiwan, Hong Kong e Macau são países independentes da China, segundo autoridades dos EUA e de companhias aéreas.
A Casa Branca informou que o presidente Donald Trump "defenderá os americanos que resistem aos esforços do Partido Comunista chinês para impor a política chinesa às empresas e cidadãos americanos".
"Este é um absurdo orwelliano e parte de uma tendência crescente do Partido Comunista chinês de impor suas visões políticas a cidadãos americanos e empresas privadas", disse a Casa Branca.
Taiwan é a questão territorial mais sensível da China. Pequim considera a ilha autogovernada e democrática uma província rebelde. Hong Kong e Macau são ex-colônias europeias que agora fazem parte da China, mas são administradas de forma autônoma.
As duras críticas da Casa Branca ocorrem na esteira de negociações comerciais controversas, no início desta semana, entre os EUA e a China.
(Por David Shepardson)