(Reuters) - O governo dos Estados Unidos executou um assassino condenado nesta quinta-feira, a segunda execução federal em poucos dias, após uma pausa de 17 anos, sobrepujando determinações judiciais segundo as quais homens condenados deveriam ter tempo de contestar a legalidade de um novo protocolo de injeção letal com um medicamento.
Após mais uma série de contestações legais finais que foram encerradas nas primeiras horas do dia pela Suprema Corte, Wesley Purkey foi declarado morto às 8h19 locais na prisão federal de Terre Haute, em Indiana, informou o Departamento de Prisões dos EUA.
A reativação da pena capital nesta semana dividiu o público, as famílias dos condenados, os juízes da Suprema Corte e outros.
Parentes das vítimas de Daniel Lee, que foi executado na terça-feira, se opuseram à ação angustiados, observando que seu cúmplice no assassinato de uma família do Arkansas em 1996 foi sentenciado à prisão perpétua.
Em contraste, a família de Jennifer Long, garota de 16 anos estuprada e assassinada por Purkey no Missouri em 1994, expressou alívio depois de testemunhar a morte de Purkey na manhã desta quinta-feira.
"Resolvemos hoje o que precisávamos resolver", disse William Long, o pai da menina, aos repórteres. "Demorou muito tempo... ele tirou o último suspiro de minha filha. E existe alguma conclusão."
Se um terceiro assassino condenado for executado na sexta-feira, como planejado, o governo do presidente Donald Trump terá realizado tantas execuções federais em uma única semana quanto as dos 57 anos anteriores, embora em alguns Estados elas continuem sendo comuns.
(Por Jonathan Allen em Nova York e Shubham Kalia em Bengaluru; reportagem adicional de Peter Szekely e Daniel Trotta)