LONDRES (Reuters) - Os Estados Unidos e a Grã-Bretanha prometeram nesta quinta-feira apoiar o novo governo de união do Afeganistão no momento em que as tropas de combate estrangeiras se retiram do país depois de 13 anos de envolvimento.
O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, disse que o novo governo do presidente afegão, Ashraf Ghani, já adotou medidas para combater a lavagem de dinheiro e a corrupção desde que assumiu o cargo, em setembro, a primeira transferência de poder democrática na história afegã.
Ghani, que formou um governo de divisão de poder com seu ex-rival na corrida presidencial, Abdullah Abdullah, depois de meses de discussões sobre os resultados da eleição, procurou assegurar seus aliados de que irá enfrentar a corrupção e deter o furto de fundos de assistência.
"Temos confiança de que as políticas delineadas hoje pelo presidente Ghani e o diretor-executivo Abdullah resultarão em um Afeganistão mais estável e próspero", afirmou Kerry em uma conferência sobre o país em Londres.
"Este é um momento de transição extraordinário, e as possibilidades são enormes", disse.
A invasão do Afeganistão liderada pelos EUA em 2001 derrubou os islâmicos do Taliban, que davam guarida à Al Qaeda. Mas enquanto os soldados estrangeiros se retiram, as forças locais enfrentam uma insurgência do Taliban.
"Esperamos nunca precisar de apoio de combate direto, porque a última coisa que queremos é mais guerra", declarou Ghani na conferência.
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, enfatizou a importância do combate à corrupção, dizendo que só haverá investimentos no Afeganistão se o país conseguir criar instituições fortes e responsáveis.
(Por Lesley Wroughton e Kylie MacLellan)