WASHINGTON (Reuters) - Os Estados Unidos estão intensificando a segurança em edifícios governamentais em Washington e em outras grandes cidades por causa de ameaças terroristas contínuas e o ataque da semana passada ao Parlamento canadense, informou o Departamento de Segurança Interna nesta terça-feira.
Uma autoridade dos EUA disse que não havia nenhuma informação crível sobre qualquer plano específico contra um alvo norte-americano, mas foram divulgadas muitas convocações para atacar o país, inclusive em mídias sociais, por partidários de grupos como o Estado Islâmico e a Al Qaeda.
O funcionário, que falou sob condição de anonimato, afirmou que as novas medidas acontecem após uma série de ameaças de grupos militantes que agências norte-americanas vêm monitorando há meses.
O secretário de Segurança Interna, Jeh Johnson, disse em um comunicado: "Dados os acontecimentos mundiais, a prudência dita uma maior vigilância na proteção de instalações do governo dos EUA e nosso pessoal."
"As razões para essa ação são evidentes: as contínuas convocações públicas por organizações terroristas para ataques contra o país e outros lugares, incluindo contra policiais e outras autoridades do governo, e os atos de violência contra funcionários governamentais e instalações no Canadá e em outros lugares recentemente", acrescentou Johnson.
O secretário disse que determinou segurança extra em "vários edifícios do governo dos EUA em Washington DC e outras grandes cidades e locais de todo o país".
Os detalhes das ações a serem tomadas pelo Serviço de Proteção Federal, que abrange mais de 9.500 instalações, vão variar em diferentes locais.
Johnson alertou os serviços de segurança estaduais e municipais dos EUA para ficarem alertas especialmente para possíveis "ataques de pequena escala por um criminoso sozinho ou um pequeno grupo de indivíduos".
Na quarta-feira passada, Michael Zehaf-Bibeau, um homem descrito pelas autoridades canadenses como perturbado e viciado em drogas, matou um soldado no Memorial de Guerra do Canadá, em Ottawa, e invadiu o Parlamento, trocando tiros com agentes de segurança, antes de ser baleado e morto.
A polícia disse que Zehaf-Bibeau, um cidadão convertido ao Islã, fez um vídeo de si mesmo antes do ataque que, segundo os policiais, forneceram evidências de que ele tinha motivos ideológicos e políticos.
(Reportagem de Mohammad Zargham e Mark Hosenball)