Por Steve Holland
WASHINGTON (Reuters) - A Casa Branca estabeleceu uma equipe de especialistas para planejar como os Estados Unidos poderão responder no caso de a Rússia utilizar armas de destruição em massa --sejam elas químicas, biológicas ou nucleares-- durante sua invasão da Ucrânia, afirmaram autoridades do governo norte-americano nesta quinta-feira.
A Rússia levantou repetidamente a possibilidade de utilizar armas nucleares enquanto tem dificuldades para superar as forças militares ucranianas durante a guerra contra a Ucrânia, que já dura um mês, e que o governo russo chama de "operação especial". Nesta semana, o Kremlin disse que o uso de tais armamentos seria apenas em caso de uma "ameaça existencial" do país.
Autoridades norte-americanas avisaram que a acusação russa de que a Ucrânia poderia utilizar armas químicas é uma mentira, e também um indício de que a Rússia poderá recorrer ao uso delas, dado o precedente recente.
O Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca enviou um memorando interno a agências no dia 28 de fevereiro para criar um grupo de estratégia para examinar grandes mudanças geopolíticas que estão acontecendo como resultado da invasão russa da Ucrânia, afirmaram autoridades.
Um segundo grupo, conhecido internamente como "Equipe Tigre" está avaliando como serão os próximos três meses.
O grupo de estratégia está trabalhando "para monitorar e mitigar riscos, enquanto avaliam como avançar e defender interesses norte-americanos", afirmou uma autoridade norte-americana.
As equipes estão fazendo planos de contingência para vários cenários, incluindo o potencial uso de armas químicas ou biológicas pela Rússia, potenciais ataques a comboios de Segurança dos EUA, interrupções a cadeias produtivas globais de alimentos, e uma resposta contínua à crescente crise de refugiados, afirmou a autoridade.
As equipes também estão avaliando o potencial uso de armas nucleares pela Rússia, disse.
A autoridade não especulou sobre como os Estados Unidos poderiam responder caso a Rússia utilize armas de destruição em massa, mas deixou claro que haveria uma resposta.
(Reportagem de Steve Holland; reportagem adicional de Humeyra Pamuk)