Por Daphne Psaledakis
WASHINGTON (Reuters) - Os Estados Unidos impuseram nesta quinta-feira novas sanções ao Irã, tendo como alvos os drones iranianos, incluindo seu uso pela Rússia na guerra na Ucrânia, enquanto Washington busca aumentar a pressão sobre Teerã.
Em comunicado, o Departamento do Tesouro dos EUA afirmou que a ação, tomada em coordenação com o Reino Unido e o Canadá, tem como alvo mais de uma dúzia de entidades, indivíduos e embarcações acusados de desempenhar um papel fundamental na facilitação e no financiamento da venda clandestina de veículos aéreos não tripulados iranianos para o Ministério da Defesa e Logística das Forças Armadas do Irã.
O ministério, por sua vez, apoia a elite da Guarda Revolucionária do Irã e a guerra da Rússia na Ucrânia, disse o Tesouro.
"O Ministério da Defesa do Irã continua a desestabilizar a região e o mundo com seu apoio à guerra da Rússia na Ucrânia, o ataque sem precedentes a Israel e a proliferação de veículos aéreos desarmados e outros equipamentos militares perigosos para representantes terroristas", disse o subsecretário do Tesouro para Terrorismo e Inteligência Financeira, Brian Nelson.
Neste mês, os EUA alertaram que imporiam mais sanções ao Irã após seu ataque sem precedentes a Israel.
Desde então, Washington tomou medidas, inclusive visando o programa de drones do Irã, a indústria siderúrgica e os agentes cibernéticos.
O Irã lançou mais de 300 drones e mísseis contra Israel este mês, em seu primeiro ataque direto ao país, em retaliação a um suposto ataque aéreo israelense ao complexo de sua embaixada em Damasco, em 11 de abril, que matou oficiais militares de elite.