WASHINGTON (Reuters) - O Tesouro dos Estados Unidos impôs sanções à segunda principal autoridade do partido Socialista da Venezuela, Diosdado Cabello, sua mulher e seu irmão, além de um empresário com propriedades nos Estados Unidos, no momento em que Washington aumenta a pressão sobre autoridades sêniores da Venezuela por seu papel na crise política e econômica do país.
O Tesouro dos EUA acusou Cabello, um ex-presidente da Assembleia Nacional do país, de lavagem de dinheiro e envolvimento direto no tráfico de narcóticos saindo da Venezuela, através da Republicana Dominicana, para a Europa.
O departamento também impôs sanções sobre o irmão dele, Jose David Cabello, acusando-o de "extorquir dinheiro para ganhos pessoais" e Marleny Josefina Contreras, que comanda o instituto de turismo do país e é casada com Diosdado Cabello.
Adicionalmente, o Tesouro dos EUA colocou na lista negra o empresário Rafael Alfredo Sarria Diaz e bloqueou suas três companhias na Flórida, a 11420 Corp, Noor Plantation Investments e SAI Advisors.
"O povo venezuelano sofre sob políticos corruptos que apertam seu controle no poder enquanto forram seus próprios bolsos", disse o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, em nota.
"Estamos impondo custos sobre figuras como Diosdado Cabello que exploram suas posições oficiais para se engajarem em tráfico de narcóticos, lavagem de dinheiro, desvio de fundos estatais e outras atividades corruptas", acrescentou ele.
As sanções mais recentes ocorrem antes da eleição presidencial de domingo, na qual espera-se amplamente que o presidente esquerdista Nicolás Maduro ganhe a reeleição para um mandato de seis anos em meio a um boicote da oposição. A comunidade internacional pediu a Maduro que suspenda a eleição.
Maduro culpou o presidente dos EUA, Donald Trump, pela profunda recessão e hiperinflação que causou escassez de alimentos na Venezuela e gerou um êxodo de migrantes para os países vizinhos.
(Reportagem de Tim Ahmann)
((Tradução Redação São Paulo, 5511 56447765)) REUTERS TR ES