Por Ted Hesson
WASHINGTON (Reuters) - Os Estados Unidos vão oferecer status legal temporário e outros benefícios às famílias de imigrantes separadas na fronteira entre os Estados Unidos e o México sob a gestão do então presidente Donald Trump, ao mesmo tempo em que impedirão separações semelhantes no futuro, informou resumo de um acordo apresentado nesta segunda-feira.
O acordo aplica-se atualmente a cerca de 3.900 crianças separadas dos pais durante os quatro anos de mandato de Trump, que começou em janeiro de 2017, segundo a União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU, em inglês), que representa famílias separadas num processo aberto pela primeira vez em 2018.
O número de crianças cobertas provavelmente aumentará, disse a ACLU.
O acordo faz parte de um esforço contínuo do governo do presidente democrata dos EUA, Joe Biden, para reunir famílias separadas sob a política de "tolerância zero" de Trump instituída em 2018, que exigia o indiciamento de todos os que atravessassem a fronteira não autorizados.
Fiscalizadores do governo e defensores da imigração descobriram que as separações começaram antes e continuaram após o início oficial da política.
O acordo está sujeito à aprovação de um juiz distrital dos EUA. Favorito para se tornar o candidato republicano à presidência em 2024, Trump criticou a forma como Biden lida com a segurança das fronteiras e prometeu implementar políticas de imigração linha-dura caso eleito.
(Reportagem de Ted Hesson em Washington)