Por Kristina Cooke e Ted Hesson
(Reuters) - O governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou nesta sexta-feira que pausou temporariamente um programa que permite a entrada de cidadãos de quatro países nos EUA por motivos humanitários, em um momento no qual os norte-americanos revisam processos de verificação e triagem dos casos.
O programa é parte do esforço do governo Biden para aumentar os meios legais de entrada no país, desincentivando o cruzamento ilegal das fronteiras. Ele tem sido criticado pelos republicanos por ser, na avaliação deles, muito permissivo.
O programa permite que até 30 mil cidadãos de Cuba, Haiti, Nicarágua e Venezuela entrem nos EUA por mês, caso tenham "patrocinadores" locais e cumpram outras exigências. Esses "patrocinadores" precisam estar legalmente nos Estados Unidos e possuir recursos financeiros suficientes para apoiar a pessoa que estão ajudando durante sua estadia.
O Departamento de Segurança Nacional dos EUA afirmou que pausou a emissão de autorizações de viagem no programa "por excesso de cuidado", enquanto revisa os pedidos, afirmou um porta-voz em comunicado.
Uma autoridade do departamento que não quis se identificar disse que as aprovações foram paralisadas desde meados de julho para o fortalecimento dos processos de triagem e verificação, mas o portal de inscrições permaneceu aberto.
A fonte relatou que o órgão pausa o processamento de pedidos "com bastante regularidade" e disse esperar que as aprovações sejam retomadas nas próximas semanas.
Até 30 de junho, cerca de 495 mil pessoas dessas nações entraram nos EUA por meio do programa, que começou para venezuelanos em 2022 e para os demais no ano passado, segundo dados do Departamento de Segurança Nacional.