Por Jonathan Landay e Humeyra Pamuk
WASHINGTON (Reuters) - O governo dos Estados Unidos acredita que informações sobre movimentos militares da Rússia na fronteira com a Ucrânia são "confiáveis", pediu que Moscou explique as "provocações" e se disse pronto para engajar na situação, afirmou o Departamento de Estado norte-americano nesta segunda-feira.
A informação sobre o acúmulo de tropas russas e seus movimentos na fronteira com a Ucrânia se tornaram o mais recente ponto de tensão nas geladas relações entre EUA e Rússia, menos de três meses depois da chegada do presidente Joe Biden ao poder.
O porta-voz do Departamento de Estado Ned Price disse em um pronunciamento à imprensa que os Estados Unidos irão se importar com qualquer iniciativa de Moscou para intimidar a Ucrânia, seja ela em território russo ou dentro da ex-república soviética.
O porta-voz se recusou a dizer se os EUA acreditavam que a Rússia estaria se preparando para invadir o país vizinho.
Mais tarde na segunda-feira, um porta-voz do Departamento de Estado disse à Reuters que os Estados Unidos estão "abertos ao engajamento com Moscou" na situação, descrevendo como "confiáveis" as informações sobre movimentos de tropas na fronteira da Ucrânia e da Crimeia, a península tomada pela Rússia em 2014.
Os movimentos, segundo o porta-voz, foram antecedidos por violações de um acordo de cessar-fogo de julho de 2020, que mataram quatro soldados ucranianos e feriram outros quatro.
"Pedimos que a Rússia se abstenha de ações que escalem a atual situação", disse o porta-voz.