Por Lawrence Hurley e Andrew Chung
WASHINGTON (Reuters) - Centenas de pessoas se despediram da juíza da Suprema Corte dos Estados Unidos Ruth Bader Ginsburg, morta aos 87 anos, em cerimônia nesta quarta-feira, quando o país iniciou três dias de tributo.
Em fila na frente do prédio da Suprema Corte, foram prestar sua homenagem à pioneira dos direitos das mulheres, que morreu na sexta-feira. Dentro do tribunal, os colegas juízes de Ginsburg celebraram sua vida em uma cerimônia particular.
"Sua voz era suave no tribunal e em nosso salão de conferências. Mas quando ela falava, as pessoas ouviam", disse o presidente da corte, John Roberts.
O caixão com o corpo de Ginsburg foi posto sob as imensas colunas coríntias neoclássicas do edifício da corte para uma visita pública que deve durar dois dias.
"É quase como se eu sentisse a mão de Deus em meu ombro dizendo 'você tem que ir prestar sua homenagem a esta pessoa que foi uma defensora ferrenha das vozes das mulheres e dos direitos das mulheres'", disse Cecelia Ryan, de 64 anos, que saiu do subúrbio de Chicago e dirigiu durante 12 horas.
O presidente norte-americano, Donald Trump, está se mobilizando para indicar a substituta de Ginsburg, e seus colegas republicanos do Senado dizem que poderiam realizar uma votação antes da eleição de 3 de novembro – o que consolidaria uma maioria conservadora de 6 a 3 no tribunal.
"Sou gay, e sinto que ela fez mais pela igualdade de direitos do que qualquer outra pessoa", disse Christopher Balma, de 47 anos, que esperou na fila para passar ao longo do caixão adornado com uma bandeira e cercado de flores.
"Em nível pessoal, ela era uma pessoa maravilhosa. Sua mente era como uma armadilha de caça", disse Jill Alexander, de 59 anos, cujo marido trabalhou para Ginsburg quando ela foi juíza de um tribunal de apelações.