WASHINGTON (Reuters) - Os Estados Unidos receberam informações de inteligência de uma fonte nas últimas semanas sobre um plano iraniano para tentar assassinar o ex-presidente e candidato republicano Donald Trump, noticiou a CNN nesta terça-feira, e uma autoridade norte-americana disse que o Serviço Secreto compartilhou detalhes de uma ameaça crescente com a campanha de Trump.
A Casa Branca não quis comentar, mas disse que não há indícios de que o suspeito de ter atirado na tentativa de assassinato de Trump no sábado tivesse algum cúmplice estrangeiro ou nacional.
O Irã disse que as acusações contra o país são "infundadas e maliciosas".
Há anos, autoridades norte-americanas temem que Teerã retalie Trump por ter ordenado o assassinato do comandante militar iraniano Qassem Soleimani em janeiro de 2020.
"Como já dissemos muitas vezes, estamos monitorando as ameaças iranianas contra ex-autoridades do governo Trump há anos, desde o último governo", disse Adrienne Watson, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca.
"Essas ameaças surgem do desejo do Irã de buscar vingança pela morte de Qassem Soleimani. Consideramos isso uma questão de segurança nacional e interna da mais alta prioridade", disse ela.
Em um comunicado à Reuters, a missão do Irã na Organização das Nações Unidas em Nova York disse que "essas acusações não têm fundamento e são maliciosas".
"Do ponto de vista da República Islâmica do Irã, Trump é um criminoso que deve ser processado e punido em um tribunal por ordenar o assassinato do general Soleimani. O Irã escolheu o caminho legal para levá-lo à Justiça", disse o comunicado do Irã.
O Serviço Secreto tem sido duramente criticado desde que o atirador de 20 anos que disparou contra Trump no sábado conseguiu acessar um telhado com vista para o comício e abrir fogo, atingindo de raspão a orelha direita de Trump, matando um participante do comício e ferindo dois outros participantes.
(Por Steve Holland, Michelle Nichols e Jasper Ward)