BEIRUTE (Reuters) - Uma aliança rebelde síria concordou com um cessar-fogo nacional de três dias anunciado pelo Exército da Síria nesta quarta-feira, e os Estados Unidos expressaram a esperança de que uma trégua mais significativa pudesse ser alcançada, embora os combates e ataques aéreos continuassem.
A trégua foi a primeira a ser declarada em todo o país desde a mediada por potências estrangeiras em fevereiro para facilitar as negociações sobre o fim da guerra civil de cinco anos. Aquela trégua se desfez na sua maior parte, e a violência crescente levou ao rompimento do diálogo.
O cessar-fogo desta quarta-feira cobre os três dias do feriado de Eid al-Fitr celebrado pelos muçulmanos para marcar o fim do mês de jejum do Ramadã. Contudo, grupos de oposição e uma organização de monitoramento afirmaram que pouco havia mudado de fato nas frentes de batalha.
"O regime anunciou o cessar-fogo, mas eles não se comprometeu com isso. Tem havido um monte de disparos e bombardeios em Douma e Daraya (cidades controladas por rebeldes perto de Damasco)”, afirmou uma porta-voz da delegação da oposição síria nas negociações de paz de Genebra.
O comando militar sírio afirmou num comunicado que “um regime de calma foi implementado em todo o território da República Árabe Síria pelo período de 72 horas a partir de uma hora da manhã de 6 de julho até meia-noite de 8 de julho de 2016”.
O governo sírio usa a expressão “regime de calma” para se referir a um cessar-fogo temporário.
Mais tarde, a aliança rebelde Exército Livre Sírio declarou que iria respeitar o cessar-fogo do feriado de Eid, mas somente se as forças do governo também o seguirem.