BANGCOC (Reuters) - A ex-primeira-ministra tailandesa Yingluck Shinawatra retornou para casa após uma viagem internacional, colocando fim à especulação de que não voltaria, à medida que promotores decidem se vão indiciá-la por má conduta em um programa de subsídio alimentar de arroz no país.
Yingluck chegou ao aeroporto Don Muang, em Bangcoc, perto da meia-noite de domingo, disse à Reuters seu assistente Wim Roongwattanajinda, acrescentando que os advogados dela estavam prontos para atuar no caso.
Yingluck foi forçada pela Justiça a deixar o cargo em 7 de maio por abuso de poder, após transferir uma alta autoridade estatal. Os militares depuseram seu governo em um golpe em 22 de maio.
Ela pode ser presa e banida da política se o caso do programa de arroz ir para a corte e ela for condenada de negligência.
A Comissão Nacional Anti-Corrupção diz que o programa de compra de arroz, uma política que a ajudou a chegar ao poder em 2011, havia gerado bilhões de dólares em perdas, as quais ela fracassou em conter. Ela nega as alegações.
O esquema efetivamente precificava o arroz tailandês fora do mercado de exportação, e o governo da premiê encontrou poucos compradores para as milhões de toneladas que foram parar nos armazéns do governo.
A comissão, na semana passada, apresentou suas conclusões para o procurador geral do país e recomendou o indiciamento de Yingluck. Promotores esperam decidir em 30 dias se avançarão com o caso.
Yingluck recebeu permissão da junta militar para ir à Europa para o aniversário de seu influente irmão, o ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, que está exilado desde 2008 para não ser preso por corrupção.
Ela deixou a Tailândia em 23 de julho dizendo que voltaria em agosto.