CAIRO (Reuters) - Hosni Mubarak, ex-presidente do Egito deposto em uma rebelião ocorrida em 2011, será libertado da detenção em um hospital militar, decidiu o procurador público nesta segunda-feira, segundo seus advogados e fontes judiciais.
"Ele irá para sua casa em Heliópolis", disse um de seus advogados, Farid El Deeb, acrescentando que o ex-líder idoso provavelmente será solto na terça-feira ou pouco depois.
Mubarak foi inocentado de acusações de assassinato neste mês, quando passou por seu último julgamento, tendo sido acusado de crimes que variavam de corrupção a ordens para matar os manifestantes que puseram fim a seu governo.
Ele tinha mais uma pena de prisão para cumprir, mas foi liberado depois de cumprir sentença pelas acusações de assassinato, informaram fontes de judiciário e a agência de notícias estatal.
A procuradoria subtraiu o tempo servido no caso de assassinato da pena que deveria cumprir por causa de um caso separado no qual foi condenado pela apropriação de fundos reservados para manter palácios presidenciais.
Inicialmente Mubarak foi sentenciado à prisão perpétua em 2012 por conspirar para assassinar 239 manifestantes durante o levante de 18 dias – uma revolta que semeou o caos e criou um vácuo de segurança, mas também inspirou esperança na democracia e na justiça social.
Um tribunal de apelações ordenou um novo julgamento que culminou, em 2014, na rejeição do caso contra Mubarak e seus funcionários de primeiro escalão. Uma apelação da procuradoria pública levou a um julgamento final na Corte de Cassação, a mais alta do país, que o absolveu no dia 2 de março.
(Por Haitham Ahmed e Lin Noueihed)