Por Michelle Nichols
(Reuters) - A Coreia do Norte continuou a investir em seus programas nuclear e de mísseis balísticos em 2019, uma violação de sanções da Organização das Nações Unidas (ONU), de acordo com um relatório confidencial da entidade visto pela Reuters na segunda-feira.
O país também importou petróleo refinado e exportou cerca de 370 milhões de dólares de carvão ilegalmente com ajuda de balsas chinesas, acrescentou o relatório.
O documento de 67 páginas destinado ao comitê de sanções para a Coreia do Norte do Conselho de Segurança da ONU, que deve ser divulgado no mês que vem, chega no momento em que os Estados Unidos tentam retomar as conversas de desnuclearização com Pyongyang.
"Em 2019, a República Popular Democrática da Coreia (RPDC) não deteve seus programas nuclear e de mísseis balísticos ilícitos, que continuaram a intensificar, violando as resoluções do Conselho de Segurança", escreveram os monitores independentes de sanções da ONU.
"Apesar de sua ampla capacidade nativa, ela usa a aquisição externa ilícita para alguns componentes e tecnologia."
A Coreia do Norte vem sendo sujeitada a sanções da ONU desde 2006. Elas foram fortalecidas pelo Conselho de Segurança de 15 membros ao longo dos anos na tentativa de cortar o financiamento dos programas nuclear e de mísseis balísticos de Pyongyang.