OSLO (Reuters) - A expansão das negociações de paz na Colômbia nesta semana para incluir outro grupo dissidente de ex-guerrilheiros das Farc aumenta as chances de reduzir a violência do conflito armado do país, de acordo com a Noruega, que está auxiliando o processo.
Na segunda-feira, o governo colombiano decretou um cessar-fogo de três meses com o Estado Mayor Central (EMC), a maior ramificação das Farc, dando início a conversações formais de paz com a organização para pôr fim à sua participação em um conflito armado interno de quase seis décadas.
O governo do presidente Gustavo Petro, que está promovendo a "paz total" com vários grupos armados, já estava em negociações com o Exército de Libertação Nacional (ELN) e buscará a paz com a Segunda Marquetalia, outro grupo dissidente das Farc.
A Noruega disse em um comunicado na sexta-feira que elogiou o governo e o grupo EMC por iniciarem as negociações de paz.
"É positivo que o processo de paz na Colômbia se estenda para incluir negociações com outros grupos armados", disse o ministro norueguês das Relações Exteriores, Espen Barth Eide.
"Uma solução pacífica para o conflito entre o governo e a EMC-Farc seria uma contribuição importante para reduzir a violência que afeta os grupos vulneráveis nas regiões de conflito do país", acrescentou.
A Noruega, que há décadas está envolvida nas negociações de paz na Colômbia, disse que aceitou o convite das partes como país garantidor "de uma solução pacífica para o bem dos civis colombianos".
(Reportagem de Terje Solsvik)