(Reuters) - O ex-coronel do Exército colombiano German Rivera foi condenado nesta sexta-feira à prisão perpétua por um tribunal dos Estados Unidos por seu papel na conspiração para matar o presidente haitiano Jovenel Moise, cujo assassinato em 2021 deixou um vácuo de poder que desestabilizou o país.
Rivera se tornou no mês passado o segundo de três réus que até agora se confessaram culpados de acusações de participação em uma conspiração para matar Moise, que foi assassinado a tiros em seu quarto e sua esposa ferida quando homens armados invadiram sua casa à noite.
Há um total de 11 réus no caso, e na semana passada a polícia do Haiti prendeu o ex-oficial de Justiça Joseph Felix Badio, acusado de ordenar o ataque -- que os investigadores dizem ter sido executado por mercenários colombianos.
Vários empresários também foram acusados de ajudar a financiar e a fornecer armas à missão.
De acordo com um documento de confissão assinado pelo réu, Rivera, conhecido como Coronel Mike, fazia parte do comboio que se dirigiu à residência de Moise em Porto Príncipe, em uma encosta de uma colina, na noite do assassinato.
Rivera também transmitiu aos co-conspiradores informações de que o plano original de sequestrar o presidente havia se tornado um plano para assassiná-lo, de acordo com seu pronunciamento na audiência.
As gangues armadas expandiram enormemente o seu controle no país desde o assassinato, acumulando arsenais de armas semiautomáticas que se acredita serem em grande parte traficadas dos Estados Unidos e aumentando a sua riqueza por meio de frequentes sequestros e extorsões.
(Reportagem de Sarah Morland e Kylie Madry)