Por Angus McDowall e Maria Tsvetkova
BEIRUTE/MOSCOU (Reuters) - Ao mesmo tempo que o Exército do presidente sírio, Bashar al-Assad, fechava o cerco ao último enclave rebelde em Aleppo nesta terça-feira, a Rússia, o Irã e a Turquia disseram que estavam prontos para ajudar a mediar um acordo de paz na Síria.
O Exército sírio usou alto-falantes para alertar os insurgentes que ele estava prestes a entrar na área cada vez mais reduzida deles e afirmou para que eles acelerassem a sua retirada da cidade.
O controle total de Aleppo seria uma grande vitória de Assad contra os rebeldes que têm o desafiado na mais populosa cidade síria há quatro anos.
Ministros da Rússia, Irã e Turquia adotaram um documento chamado por eles de “Declaração de Moscou”, que estabelece os princípios que um acordo de paz deve seguir. Em reunião na capital russa, eles também apoiaram um cessar-fogo ampliado na Síria.
"Irã, Rússia e Turquia estão prontos para ajudar na elaboração de um acordo, que já está sendo negociado, entre o governo sírio e a oposição e para se tornarem os fiadores desse acordo”, diz a declaração.
A medida mostra a força crescente dos laços de Moscou com Teerã e Ancara, apesar do assassinato na segunda-feira do embaixador russo na Turquia, e reflete o desejo do presidente russo, Vladimir Putin, de consolidar a sua influência no Oriente Médio e região.
A Rússia e o Irã apoiam Assad enquanto a Turquia apoia alguns grupos rebeldes.