NAIROBI (Reuters) - O Facebook lançou uma ferramenta nesta semana para ajudar os usuários quenianos a detectar notícias falsas antes de uma eleição presidencial altamente disputada, com partidários de candidatos rivais trocarem palavras amargas online.
Os eleitores vão às urnas na terça-feira para escolher o presidente, o parlamento e representantes regionais. O atual presidente, Uhuru Kenyatta, está disputando contra seu arquirrival, o veterano líder da oposição, Raila Odinga.
As pesquisas finais mostraram uma corrida apertada entre os dois candidatos após meses de campanha, com partidários dos dois lados fazendo campanhas de difamação nas redes sociais.
A tortura e o assassinato de um alto funcionário na comissão eleitoral no fim de semana passado geraram uma avalanche de teorias e acusações de conspiração.
Uma pesquisa de 2 mil quenianos realizada por meio de mensagens de telefone celular descobriu que nove em cada 10 entrevistados haviam visto notícias falsas e a metade dos consumidores obteve notícias através das mídias sociais, de acordo com um estudo realizado pela Geopoll e Portland Communications no mês passado.
"As notícias falsas estão se tornando cada vez mais um grande problema no Quênia", disse Alphonce Shiundu, editor do Kenya da Africa Check, uma organização sem fins lucrativos que procura aumentar a verificação de fatos e a apuração de notícias no continente.
Os 7 milhões de usuários mensais do Facebook no Quênia vão visualizar a nova ferramenta que ajuda a avaliar o conteúdo exibido quando entrarem na rede social. Isso leva a uma página com dicas sobre como detectar notícias falsas, incluindo verificação de endereços e fontes da web e procurar outras notícias sobre o assunto, informou o Facebook em um comunicado.
A nova ferramenta será complementada por anúncios em jornais e estações de rádio. Os anúncios serão em inglês e na língua local da Swahili.
(Por Duncan Miriri)