TRÍPOLI (Reuters) - As facções da Líbia concordaram em realizar uma nova rodada de negociações patrocinadas pela ONU (Organização das Nações Unidas) para tentar por fim a um conflito que desestabiliza o país do norte da África mesmo três anos após a guerra civil que derrubou o ditador Muammar Gaddafi. O encontro, anunciado após o enviado da ONU, Bernardino Leon, ter se encontrado com ambos os lados rivais na Líbia, acontecerá na próxima semana, em Genebra, informou neste sábado a missão da ONU em comunicado. A Líbia, que é uma grande produtora de petróleo, viu suas divisões se aprofundarem após a queda de Gaddafi, com dois governos e Parlamentos rivais, cada um apoiado por grupos antagônicos de ex-rebeldes fortemente armados. "Para criar um ambiente propício ao diálogo, o representante especial Leon propos aos lados uma paralisação nas operações militares por alguns dias", afirmou a ONU. O comunicado não deixou claro quem participará das negociações, nem forneceu uma data exata para os encontros, mas anunciou que os objetivos serão a formação de um governo de unidade, a criação de uma nova Constituição e o fim das hostilidades. Até agora, negociadores internacionais tiveram dificuldade em fazer os dois lados sentarem para conversar. Os conflitos também complicaram as chances de diálogo. "Esta é a última chance, que deve ser aproveitada. A Líbia está passando por um momento crucial. Os diferentes atores não devem ter dúvidas quanto à gravidade da situação em que o país se encontra", afirmou em comunicado a chefe de política externa da União Europeia, Federica Mogherini. OLBRWORLD Reuters Brazil Online Report World News 20150110T141137+0000