LOS ANGELES (Reuters) - Uma corte de apelações da Califórnia negou nesta sexta-feira a última tentativa da família de Michael Jackson de reverter uma decisão do júri que absolveu a produtora de shows AEG Live de ter sido negligente na morte do astro pop.
Um colegiado de três juízes decidiu que a mãe e os filhos de Michael Jackson não tinham reunido fundamentos suficientes para um novo julgamento, após os advogados da família terem argumentado na semana passada que a AEG Live era responsável pelo tratamento do cantor, e que as instruções dadas aos membros do júri foram confusas e de escopo restrito.
Um júri formado em Los Angeles em 2013 absolveu a companhia AEG Live, produtora responsável pelas 50 apresentações não realizadas da turnê "This Is It" em Londres, de ter negligentemente contratado o cardiologista Conrad Murray como médico pessoal de Jackson.
O melodramático julgamento, que durou cinco meses, revelou alguns detalhes da vida privada e dos últimos dias de Jackson, durante os quais Murray administrou a substância propofol, usada em anestesias cirúrgicas, para ajudar o cantor de sucessos como "Thriller" a dormir.
O astro infantil transformado no Rei do Pop, que fez o mundo inteiro dançar mas cuja genialidade musical acabou suplantada por um bizarro estilo de vida e escândalos sexuais, morreu em 2009, aos 50 anos, em decorrência de uma overdose da substância anestésica.
O processo contra a AEG Live foi aberto por Katherine Jackson, de 84 anos, e pelos três filhos do cantor.
O júri da Corte Suprema de Los Angeles conclui que Murray era suficientemente qualificado para o emprego como clínico geral para o qual foi contratado.
Murray foi condenado por homicídio culposo em 2011 pela morte de Michael Jackson e cumpriu a metade de sua pena de quatro anos em uma prisão de Los Angeles.
(Reportagem de Eric Kelsey)