Por Bernie Woodall
ORLANDO, Flórida (Reuters) - Familiares de algumas das 49 pessoas mortas em um massacre em uma boate gay de Orlando vão enterrar seus entes queridos nesta sexta-feira, um dia depois de o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ter se encontrado com sobreviventes e dito que o país precisa agir para controlar a violência com armas.
Os enterros devem acontecer ao longo das duas próximas semanas.
Anthony Luis Laureano Disla, de 25 anos, era de Porto Rico, como muitas das vítimas da matança no clube noturno Pulse. Ele deve ser sepultado nesta sexta-feira, de acordo com a casa funerária Newcomer Funeral Home, um dia depois de mais de 150 amigos e familiares o velarem.
Obama, que viajou para Orlando na quinta-feira e se reuniu com sobreviventes e famílias dos mortos, disse a repórteres que os pais, de luto, perguntaram a ele: "por que isso continua acontecendo?".
Ele exortou o Congresso a aprovar medidas para tornar mais difícil adquirir legalmente armas potentes como o fuzil semi-automático usado no ataque de domingo.
Obama e o vice-presidente, Joe Biden, foram a Orlando depois que um atirador norte-americano que jurou lealdade a vários grupos militantes islâmicos realizou o pior ataque a tiros da história moderna dos EUA.
Durante o massacre, o atirador, Omar Mateen, trocou mensagens de texto com a mulher, de acordo com a rede de televisão CNN na quinta-feira, publicou no Facebook e ligou para um canal de TV. A polícia matou Mateen, cidadão norte-americano de 29 anos e filho de imigrantes afegãos.
Obama, que já havia visitado familiares de vítimas de ataques a tiros em cidades como San Bernardino, na Califórnia, e Newtown, no Connecticut, desde que se tornou presidente, depositou uma coroa de flores em um memorial para as vítimas do ataque em Orlando.
O Estado Islâmico assumiu a responsabilidade do ataque, mas autoridades dos EUA dizem não acreditar que Mateen tenha recebido ajuda do exterior.