ZURIQUE (Reuters) - Alvo de escândalos de corrupção, a Fifa respondeu nesta segunda-feira às críticas sobre sua força-tarefa, responsável por novas reformas na entidade, dizendo que uma "pessoa independente de fora do esporte" deve comandar o órgão.
A declaração da Fifa ocorreu depois que Domenico Scala, o empresário suíço que havia sido abordado por várias confederações para presidir a força-tarefa, disse que não iria assumir a função, a menos que fosse garantida a independência.
Scala ficará satisfeito, no entanto, ao ver que a força-tarefa está sendo colocada sob o controle do comitê de auditoria da Fifa, que ele dirige, efetivamente dando-lhe uma posição de supervisão nas reformas.
O novo órgão, a ser constituído por 10 membros escolhidos por seis confederações continentais da Fifa, foi anunciado na segunda-feira passada, e a Fifa afirmou que o presidente seria "neutro".
A Fifa está em crise desde maio, quando nove dirigentes e cinco executivos ligados ao marketing esportivo foram acusados pelo Departamento de Estado norte-americano de explorar a modalidade para ganho próprio através de subornos. Entre os presos está o ex-presidente da CBF, José Maria Marin.
Na esteira do escândalo, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, comunicou que irá renunciar em fevereiro do ano que vem.
A Fifa vem sofrendo pressão para limpar o nome desde então, e grandes patrocinadores como Coca-Cola, Visa e McDonald's estão exigindo reformas.
(Reportagem de Simon Evans)