CIDADE DE MARAWI, Filipinas (Reuters) - As Filipinas mobilizaram helicópteros de ataque e forças especiais para expulsar rebeldes ligados ao Estado Islâmico de uma cidade sitiada nesta quinta-feira, e seis soldados morreram em combates de rua em meio a uma forte resistência.
Tropas terrestres se esconderam atrás de muros e veículos armados e trocaram tiros com combatentes do grupo Maute, disparando contra posições elevadas ocupadas por militantes que controlam a Cidade de Marawi, na ilha de Mindanao, há dois dias.
Helicópteros circundaram a cidade, alvejando posições dos Maute com disparos de metralhadora para tentar forçá-los a abandonar uma ponte vital para retomar Marawi, cidade de 200 mil habitantes de maioria muçulmana onde combatentes incendiaram e ocuparam uma escola, uma prisão e uma catedral e fizeram mais de uma dúzia de reféns.
"Nossas tropas estão fazendo operações deliberadas em áreas que acreditamos ainda estarem ocupadas ou infestadas pela presença terrorista", disse o chefe da força-tarefa, brigadeiro-general Rolly Bautista.
As batalhas com o grupo Maute, que jurou fidelidade ao Estado Islâmico, começaram na terça-feira durante uma operação fracassada de forças de segurança em um dos esconderijos do grupo que degenerou em caos.
Dezoito rebeldes foram mortos nesta quinta-feira, disse o Exército.
O tumulto foi a gota d'água para o presidente filipino, Rodrigo Duterte, que ainda na terça-feira cumpriu sua promessa já antiga de impor a lei marcial em Mindanao, a segunda maior ilha do país, para deter a disseminação do islamismo radical.
"Se houver um desafio aberto vocês irão morrer", afirmou ele na quarta-feira. "E se isso significar muitas pessoas morrendo, que seja".
(Por Romeo Ranoco e Roli Ng)