LOS ANGELES (Reuters) - Quase uma década após o senador norte-americano Edward Kennedy morrer, o cineasta John Curran fez um filme que tenta entrar na mente dele durante o incidente de Chappaquiddick, em 1969, ao invés de meramente colocar culpa pela morte da estrategista de campanha Mary Jo Kopechne.
“Chappaquiddick”, que estreia nos cinemas norte-americanos em 6 de abril, analisa o incidente que levou à morte por afogamento em 1969 de Kopechne, a passageira que se afogou no carro de Kennedy após ele dirigir para fora de uma ponte, caindo em uma lagoa.
Kennedy, que não relatou imediatamente o que aconteceu, mais tarde se declarou culpado por ter fugido do local do acidente e recebeu uma sentença de dois meses de prisão, que foi suspensa. Perguntas sobre o incidente travaram suas ambições presidenciais por anos e geraram diversos livros, documentários e filmes.
O filme mostra a reação emocional de Kennedy ao acidente e as tentativas de seus assessores de conter o escândalo.
“Se você quer entender Ted, quem ele era antes, durante e depois, este é o momento para examiná-lo, nesta semana ou período de 10 dias”, disse o ator Jason Clarke, que interpreta Kennedy. “É isto, esta é a criação de um homem”.
Curran se esquivou de tentar fazer do filme uma versão definitiva do que pode ter acontecido entre Kennedy e Kopechne em 18 de julho de 1969.
“O que eu gosto da versão de John Curran é que você pode tirar suas próprias conclusões. O quanto de empatia que você tem por Ted Kennedy cabe a você”, disse Jim Gaffigan, que interpreta Paul Markham, amigo de Kennedy.
Kennedy, um democrata, morreu em 2009 aos 77 anos após servir quase 47 anos como senador dos EUA por Massachusetts. Ele era o irmão mais novo do presidente norte-americano assassinado John F. Kennedy e do ex-secretário de Justiça dos EUA Robert Kennedy, que foi assassinado em 1968 após vencer a primária presidencial democrata na Califórnia.
(Reportagem de Rollo Ross)