ESTOCOLMO (Reuters) - A Finlândia e a Suécia caminham "de mãos dadas" na direção da adesão à Otan, mas a decisão de ratificar os pedidos dos países nórdicos cabe à Turquia, disse nesta quarta-feira o presidente finlandês, Sauli Niinisto.
A Suécia e a Finlândia solicitaram a adesão à aliança de defesa transatlântica no ano passado após a invasão da Ucrânia pela Rússia, mas a Suécia enfrentou objeções inesperadas por parte da Turquia.
Ancara acusa Estocolmo de abrigar o que a Turquia considera membros de grupos terroristas, e exigiu sua extradição como um passo para dar sinal verde à adesão da Suécia à Otan.
"Procedemos de mãos dadas em relação às coisas que estão em nossas próprias mãos", disse Niinisto, acrescentando, no entanto, que "a ratificação não está em nossas mãos".
As declarações de Niinisto ocorreram em coletiva de imprensa conjunta com os primeiros-ministros sueco e norueguês na casa de verão do governo sueco fora de Estocolmo.
A Finlândia continuaria a aderir à aliança uma vez que fosse aprovada, mesmo que a inscrição da Suécia fosse adiada, disse Niinisto.
O presidente finlandês também disse que irá apoiar um projeto de lei de adesão à Otan quando a matéria for aprovada pelos parlamentares finlandeses, que tem votação marcada para 28 de fevereiro.
Uma vez que os parlamentos dos 30 Estados-membros da Otan ratifiquem a inscrição, a Finlândia torna-se membro, ainda que a adesão da Suécia seja adiada.
"Se a Turquia e a Hungria ratificarem a Finlândia, seremos, conforme nós solicitamos, membros da Otan", disse ele.
(Reportagem de Johan Ahlander e Simon Johnson)