Por Essi Lehto
HELSINQUE (Reuters) - As bandeiras foram hasteadas a meio mastro em toda a Finlândia nesta quarta-feira, enquanto o país lamentava a morte de um menino de 12 anos baleado na escola, com a polícia dizendo que um colega da sexta série era o único suspeito.
Dois outros alunos da escola Viertola, ambas meninas, também com 12 anos de idade, foram gravemente feridas no ataque de terça-feira e estavam sendo tratadas no hospital, informou a polícia em um comunicado.
"A polícia tem uma compreensão preliminar do motivo do ato, mas, por razões investigativas, isso ainda não pode ser confirmado", declarou a polícia.
Os policiais disseram que o suspeito admitiu o ataque a tiros durante uma investigação inicial. Ele foi colocado sob os cuidados dos serviços sociais porque uma criança não pode ser mantida sob custódia.
Depois que a notícia do ataque se espalhou na manhã de terça-feira, pais ansiosos esperaram por horas do lado de fora da escola, enquanto os professores mantinham as portas das salas de aula fechadas para proteger seus alunos e a polícia fazia buscas nos prédios.
O suspeito foi detido a cerca de quatro quilômetros de distância, portando um revólver, segundo a polícia.
O suspeito e o menino morto são cidadãos finlandeses. Uma das meninas feridas também é finlandesa, enquanto a terceira vítima tem dupla cidadania, da Finlândia e de Kosovo.
Os investigadores alertaram as pessoas a não espalharem boatos online.
"Há muitas informações diferentes, em parte incorretas, sobre o que aconteceu... A polícia continua a salientar que espalhar informações incorretas nas mídias sociais é um crime", disseram eles.
Após ataques mortais em escolas em 2007 e 2008, a Finlândia reforçou sua legislação sobre armas em 2010 e introduziu um teste de aptidão para todos os solicitantes de licenças de armas de fogo. A idade mínima para os requerentes também foi aumentada de 18 para 20 anos.
A licença para o revólver usado no ataque desta semana pertencia a um parente do suspeito, segundo a polícia.
Há mais de 1,5 milhão de armas de fogo licenciadas e cerca de 430.000 titulares de licenças no país de 5,6 milhões de habitantes, onde a caça e o tiro ao alvo são populares.