JERUSALÉM (Reuters) - Policiais de Israel mataram a tiros um homem e uma mulher palestinos nesta quarta-feira, dizendo que tentaram esfaquear forças de segurança em um posto de controle da Cisjordânia ocupada.
No último semestre, ataques de palestinos causaram a morte de 28 israelenses e dois turistas norte-americanos. As forças do Estado judeu mataram pelo menos 193 palestinos, 130 dos quais Israel afirma terem sido agressores. Muitos outros foram mortos a tiros em confrontos e protestos.
A polícia disse que a mulher, que levava uma faca, e o homem caminharam a passo acelerado rumo aos policiais e outros seguranças israelenses em uma pista exclusiva para veículos no posto de controle de Qalandia, nos arredores de Jerusalém.
"A polícia pediu que eles parassem várias vezes. Quando eles continuaram a avançar... os agentes neutralizaram os terroristas", afirmou um comunicado da corporação.
O Ministério da Saúde palestino confirmou as duas mortes e identificou a mulher como Maram Abu Ismail, de 23 anos. O homem que a acompanhava não foi identificado de imediato, mas alguns relatos dizem que ele era o marido de Maram.
Alguns dos fatores por trás dos episódios de violência iniciados em outubro são a frustração dos palestinos com o impasse nas negociações de reconhecimento de seu Estado, o aumento de assentamentos israelenses na Cisjordânia, o maior acesso de judeus a um santuário de Jerusalém reclamado pelos dois lados em conflito e os clamores de islâmicos pela destruição de Israel.
Israel atribui a redução de incidentes em parte a uma cooperação maior com forças de segurança palestinas na Cisjordânia e a um monitoramento mais rígido das redes sociais para identificar agressores em potencial.
(Por Jeffrey Heller e Nidal al-Mughrabi)