RAMALLAH (Reuters) - Tropas israelenses destruíram nesta terça-feira a casa da família de Saleh al-Arouri, comandante exilado das forças do Hamas na Cisjordânia ocupada, conforme as forças de segurança continuam sua repressão aos líderes do grupo militante islâmico.
Atualmente, acredita-se que ele esteja vivendo no sul do Líbano. Arouri, vice do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, faz parte de um grupo de líderes apontados pelas autoridades israelenses que prometeram destruir o Hamas em retaliação ao ataque mortal de 7 de outubro ao sul de Israel.
Líder veterano do Hamas que passou 17 anos em prisões israelenses, Arouri ganhou destaque em 2014 ao admitir o sequestro e o assassinato de três adolescentes israelenses em um assentamento na Cisjordânia.
Desde então, ele está por trás de uma expansão constante de quadros políticos e homens armados do Hamas em toda a Cisjordânia, onde a facção rival Fatah, do presidente palestino Mahmoud Abbas, controla a Autoridade Palestina.
Sua casa, que segundo os moradores locais não estava ocupada, era alvo de demolição desde a semana passada e as forças de segurança a explodiram nas primeiras horas da manhã, de acordo com testemunhas.
Depois de 18 meses de escalada constante da violência na Cisjordânia, as forças israelenses aumentaram ainda mais a repressão desde o ataque de 7 de outubro, efetuando centenas de prisões e realizando incursões regulares que resultaram em confrontos. Pelo menos 121 palestinos foram mortos no local nas três semanas desde o ataque.
Nesta terça-feira, um garoto de 14 anos atingido durante um confronto próximo à cidade de Nablus, no norte da Cisjordânia, morreu em decorrência dos ferimentos e, em outro incidente, um homem de 70 anos foi morto durante um confronto na cidade de Tubas.
(Reportagem de Ali Sawafta)