JENIN (Reuters) - Forças israelenses mataram dois palestinos, nesta quinta-feira, em operações na Cisjordânia ocupada, informou o Ministério da Saúde palestino, durante o que o Exército israelense descreveu como "atividades de contraterrorismo".
O mais recente incidente em uma onda de violência nas últimas duas semanas ocorreu antes do amanhecer em duas cidades na região de Jenin, onde moradores disseram que as forças israelenses realizaram prisões.
Um porta-voz do Exército israelense disse que os soldados "responderam com munição letal" depois que "dezenas de palestinos atacaram violentamente os soldados, atiraram contra as forças e lançaram IEDs (dispositivos explosivos improvisados) contra eles, colocando em risco sua segurança".
Mais quatro palestinos ficaram feridos, de acordo com o Ministério da Saúde palestino. Nenhuma vítima israelense foi relatada.
Os militares israelenses intensificaram operações na Cisjordânia após ataques de dois palestinos do território e três membros da minoria árabe de Israel que mataram 14 pessoas em Israel desde o final de março.
O primeiro-ministro israelense, Naftali Bennett, disse que não haverá restrições às forças de segurança que lutam contra o que ele classificou como "uma nova onda de terrorismo".
Pelo menos 25 palestinos foram mortos pelas forças israelenses desde janeiro.
Hussein Al-Sheikh, uma autoridade de alto escalão da Autoridade Palestina, disse no Twitter que a comunidade internacional "perdeu sua credibilidade como resultado de seu silêncio" diante do que ele descreveu como derramamento diário de sangue palestino pelas "forças de ocupação" israelenses.
(Reportagem de Nidal al-Mughrabi, em Gaza; Ali Sawafta, em Ramallah; e Henriette Chacar, em Jerusalém)