PARIS (Reuters) - O governo francês pediu na segunda-feira uma investigação após um jornalista francês morrer na Ucrânia quando o veículo em que ele viajava, que estava sendo utilizado para a retirada de civis na região da cidade de Severodonetsk, ser atingido em um bombardeio.
"A França exige que uma investigação seja conduzida assim que possível, e com transparência, sobre as circunstâncias desse drama", afirmou a ministra das Relações Exteriores, Catherine Colonna, que estava na Ucrânia na segunda-feira, em nota.
Frederic Leclerc-Imhoff, de 32 anos, o mais recente jornalista a morrer na Ucrânia desde a invasão da Ucrânia em fevereiro, estava em sua segunda viagem de reportagem pelo canal de televisão francês BFM na Ucrânia, afirmou sua empregadora.
O governador da região ucraniana de Luhansk, Serhiy Haidai, disse em uma publicação no serviço de mensagens Telegram que um veículo blindado de transportes foi atingido por estilhaços de uma bomba russa, matando um jornalista. Uma foto anexa mostrava um caminhão que parecia ter sido adaptado com uma armadura de blindagem.
Os esforços de retirada foram suspensos após o ataque, afirmou o governador.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia não respondeu imediatamente a um pedido por comentários. Moscou tem negado repetidamente que suas forças destinem ataques a civis na Ucrânia.
Colonna disse no Twitter que havia conversado com o governador de Luhansk e solicitado uma investigação ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy.
Os dois garantiram ajuda e apoio.
(Reportagem de Dominique Vidalon, Conor Humphries, Max Hunder)