BRUXELAS (Reuters) - A França trabalhará com a Jordânia e os Emirados Árabes Unidos para convencer a Rússia e a China a apoiarem uma resolução nas Nações Unidas para um cessar-fogo em Gaza, depois que as duas grandes potências bloquearam um texto dos Estados Unidos, disse o presidente Emmanuel Macron nesta sexta-feira.
"Após o veto russo e chinês há alguns minutos, vamos retomar o trabalho com base no projeto de resolução francês no Conselho de Segurança e trabalhar com nossos parceiros americanos, europeus e árabes para chegar a um acordo", afirmou Macron no final de uma cúpula de líderes da União Europeia em Bruxelas.
O Ministério das Relações Exteriores da França disse na quinta-feira que havia começado a redigir uma resolução com diplomatas, dizendo que eles apresentariam um esboço se a resolução dos EUA não fosse aprovada.
Nesta sexta-feira, o Conselho de Segurança da ONU não conseguiu aprovar uma resolução que exigia um cessar-fogo imediato em Gaza como parte de um acordo de reféns, a primeira vez que os EUA apoiaram esse tipo de linguagem.
A resolução pedia um "cessar-fogo imediato e sustentado" com duração de aproximadamente seis semanas, que protegeria os civis e permitiria a entrega de assistência humanitária.
Macron disse que a mudança de tom de Washington significava que ele estava esperançoso de que uma nova resolução com os Estados árabes poderia ser bem-sucedida se eles conseguissem convencer a Rússia e a China a não se oporem.
"O que é importante observar é que os EUA mudaram sua posição e indicaram seu desejo de defender claramente um cessar-fogo, o que é bom para nós e para o progresso de nosso projeto", disse Macron.
(Reportagem de John Irish)