CAIRO (Reuters) - Um homem francês que foi sequestrado no Chade em março e levado para a área de Darfur no Sudão foi resgatado em uma operação organizada por França, Chade e Sudão e foi entregue às autoridades francesas neste domingo, disseram autoridades sudanesas.
Eles afirmaram que os sequestradores demandaram um resgate não revelado por Thierry Frezier, empregado de uma companhia de mineração francesa operando no Chade.
Ele havia sido sequestado no sul de Abeche, área de mineração a cerca de 800 quilômetros a leste da capital do Chade, N'Djamena, e a 150 quilômetros da fronteira com o Sudão.
Frezier chegou no domingo de manhã à capital sudanesa Khartoum, onde foi entregue a autoridades da Embaixada da França no aeroporto.
O escritório da Presidência francesa confirmou que ele foi libertado, sem dar detalhes sobre o resgate.
"O presidente da República soube com grande satisfação da libertação de nosso compatriota que havia sido sequestrado no leste do Chade e levado por seus captores ao Sudão", disse o escritório em comunicado.
O Sudão vinha trabalhando com autoridades do Chade e francesas há semanas para garantir a liberação de Frezier.
Mohamed Tabiedy, porta-voz do serviço de inteligência e segurança do Sudão, afirmou que o francês havia sido liberto em uma missão de resgate realizada em coordenação com a inteligência chadiana e a francesa. Cinco sequestradores foram presos na incursão e devem ir a julgamento, disse ele, acrescentando que ninguém ficou ferido.
O Ministro das Relações Exteriores do Sudão Khalid Attaras afirmou que nenhum resgate foi pago.
Autoridades sudanesas afirmaram que Frezier não havia sido capturado por nenhum dos movimentos rebeldes conhecidos que estão em combate com o governo sudanês, mas por um grupo armado na fronteira.
Sequestros são raros no Chade, ex-colônia francesa na África Ocidental, mas a fronteira mais remota do país tem visto décadas de movimentos de entrada e saída de grupos armados, incluindo rebeldes combatendo o governo sudanês.
Antes deste caso, o último francês sequestrado no Chade foi um trabalhador humanitário pego na área de fronteira a leste, em 2009. Ele foi libertado quase três meses depois em Darfur.
(Por Ali Mirghani em Khartoum e Bate Felix em Paris)